Na oitava série, em 1993 eu estava certa de fazer segundo grau técnico em eletrotécnica e depois fazer faculdade de engenharia elétrica. O desejo de fazer faculdade foi aguçado em 92 quando pode presenciar a realização de mais um sonho do meu pai ao concluir o nível superior em Direito.
Para mim, um grande exemplo de determinação e força de vontade por ele conseguir conciliar a carreira como bombeiro militar (ele estava como cabo e almejava as próximas patentes) e dificuldades financeiras com a vida acadêmica.
Durante os anos que ele estudou, confesso que nas crises da adolescência, considerava meu pai egoísta por estudandar em instituição particular e eu e minha irmã em escola pública. Minha mãe não trabalhava e contribuia da forma que podia para complementar o orçamento familiar (vendia Avon, Hermes etc). Segundo ele, todas as privações, necessárias naquela época, seriam recompensadas futuramente.
Hoje, posso comprovar isto. Pois, parte do meu curso universitário e do curso de minha irmã foi financiada por ele com o maior orgulho e satisfação através da renda extra dos seus trabalhos advocatícios e continua sendo financiada através da pensão de oficial do Corpo de Bombeiros que ele deixou quando faleceu em dezembro de 2004.
Nenhum comentário:
Postar um comentário